Merece elogios o esforço do governo estadual que atraiu o hub aéreo da Air France-KLM/Gol. As perspectivas para o setor econômico são positivas, mas, ao mesmo tempo em que o horizonte se abre no plano dos voos internacionais, o passageiro do voo doméstico continua amargando tarifas elevadas e nada de facilidades nos trechos entre Fortaleza e capitais, por exemplo, próximas, aqui do Nordeste. Encontrar voos diretos para cidades como Recife é uma novela. Isso sem falar que, quando há condições, aparecem escalas absurdas que geram perda de tempo e desgastes. O momento de festa vivido por aqui precisa servir para reflexões no sentido de que a atual política da malha aérea do País deve, com urgência, ser repensada. Viajar para o Exterior, muitas vezes, até sai mais barato do que voar para qualquer ponto do Brasil como Gramado (RS) ou até Manaus (AM).
Claro que são muitos os fatores de influência neste País continental, mas será que a Anac e as empresas aéreas não poderiam discutir esse cenário? Não custa nada cutucar politicamente um nicho onde governos e empresa aérea de grande porte não abrem para que a aviação regional tenha também direito ao seu pedacinho de céu nesse mercado. |