Produtos até 30% mais caros no terminal aéreo

Fonte CONUT - 10/05/2018 - 13h31min
Produtos até 30% mais caros no terminal aéreo
Os produtos alimentícios comercializados dentro do Aeroporto Internacional Pinto Martins - ou Fortaleza Airport - ficaram até 30% mais caros em menos de dois anos. Pesquisa direta feita pela reportagem ontem (7) indica que, entre os dez produtos analisados, um achocolatado de 200 ml foi o que apresentou maior variação (30%). Em julho de 2016, custava R$ 5 e agora é encontrado por até R$ 6,50, sendo R$ 6 o menor valor.
 
Em Pesquisa de Satisfação do Passageiro realizada no primeiro trimestre de 2018 pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, o terminal foi avaliado como o 7º pior do País e 2º pior do Nordeste - perdendo somente para Maceió - no quesito "Quantidade e qualidade de lanchonetes e restaurantes", contabilizando nota 3,57 em pontuação de 1 a 5.
 
Quanto ao "Custo-benefício dos produtos de lanchonetes e restaurantes", o aeroporto recebeu nota inferior (2,83 pontos). Ainda assim, figurou neste quesito como o 9º melhor do País e o 4º melhor do Nordeste, atrás de Maceió (3,08), Recife (3,13) e Salvador (2,85).
 
De julho de 2016 para cá, o único produto a ter preço inalterado foi a batata Pringles Original de 121g, precificada a R$ 24,50. Depois do achocolatado, ficaram mais caros os produtos: pastilha Halls (28,57%), batata Sensações 45g (16,6%) e o salgadinho Fandangos 66g (16,6%).
 
A coxinha foi encontrada ontem a preços que variavam até 11,25%, sendo comercializada de R$ 8 a R$ 8,90. Já o café expresso pequeno e o pão de queijo variavam até 8,3% de um estabelecimento para outro, ambos custando de R$ 6 a R$ 6,50.
 
Lanchonete popular
 
Desde janeiro de 2018, quando a Fraport Brasil assumiu a administração do Fortaleza Airport, a lanchonete localizada no saguão de check-in, no térreo, deixou de funcionar como estabelecimento popular. Antes, os passageiros podiam consumir no local até pelo menos 15 produtos básicos a preços mais acessíveis tabelados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
 
Para o economista Alex Araújo, a tendência é que os preços dos alimentos nos quiosques e restaurantes caiam gradativamente, tendo em vista a previsão de expansão do terminal pela Fraport e a operação do hub aéreo da Air France-KLM e Gol, iniciada na última quinta-feira (3). O que repercute em maior circulação de passageiros e, por consequência, em um maior nível de consumo.
 
"Acredito que os preços vão ficar mais próximos daqueles praticados pelo mercado em geral de alimentação. Com a maior quantidade de voos trazidos para cá e com mais gente em trânsito, os estabelecimentos tiram o antigo entrave da ociosidade gerada por voos concentrados somente em uma parte ou outra do dia", apontou.
 
Expansão
 
Araújo cita ainda como exemplo o Aeroporto Internacional de Brasília, concedido à iniciativa privada em 2012. "Quando era público, se restringia a alguns estabelecimentos normalmente locais. Mas à medida que recebeu investimento para expansão durante a privatização, aumentou muito a quantidade de estabelecimentos disputando a atenção do consumidor, com a prática de preços mais próximos do mercado", disse.
 
Fraport
 
Em nota, a Fraport Brasil informa que o terminal "dispõe de mais de 70 restaurantes, lojas e serviços" e que está "trabalhando para aumentar a oferta". Porém, não especifica quantos quiosques e restaurantes com produtos alimentícios estão em funcionamento hoje e não antecipa detalhes sobre o seu projeto de expansão e possível criação de estabelecimentos populares.

Enquete 
 
Preços considerados abusivos
 
"Os valores deveriam ser revisados porque acredito que mudou bastante o perfil do usuário daqui. Pessoas com poder aquisitivo mais baixo começaram a frequentar. Existe superfaturamento das coisas aqui"

Anaclécia Moreira
Farmacêutica
 
"Eu considero os preços dos lanches e refeições aqui muito elevados. De vez em quando, trago alimentos para não ter que comprar aqui, justamente por conta do preço. Uma coxinha aqui dentro é quase 60% mais cara que lá fora"
 
Fernando Nunes
Professor
 

"Acho que os preços aqui dentro são realmente bem caros e abusivos, enquanto que o atendimento e a qualidade dos alimentos deixam muito a desejar. Creio que os preços vão aumentar, mesmo com a concessão" .

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