A agência Nacional de Aviação Civil e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) devem assinar até o fim do mês um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para normalizar a situação do Aeroporto Internacional do Recife, que foi proibido de receber novos voos por “não conformidades relacionadas à pista de pouso e decolagem e suas adjacências”.
A confirmação foi feita ontem pelo ministro dos Transportes, Valter Casimiro, durante a segunda audiência pública realizada na Câmara sobre o novo modelo de concessão de aeroportos, promovida pelo deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE). “Eu pedi ao ministro um prazo e ele garantiu que o TAC será assinado, com itens de ordem técnica e que dizem respeito à manutenção da pista, na próxima semana”, disse Carreras.
Na semana passada, o governo do Estado suspendeu as negociações para captação de novos voos após a Anac proibir a ampliação por irregularidade no Plano de Ações Correções (PAC).
Sobre o processo de concessão do Aeroporto do Recife em lotes, Carreras voltou a questionar o modelo. “Estou mais convicto de que Pernambuco está sofrendo discriminação. O Aeroporto do Recife receberá um investimento de R$ 854 milhões (segundo o ministério, são R$ 834 milhões) e todo o bloco, R$ 2,1 bilhões, um número ainda abaixo do investimento de Salvador, que foi licitado individualmente e receberá R$ 2,8 bilhões”, explicou. O lote do Recife inclui os equipamentos de Aracaju, Campina Grande, João Pessoa, Juazeiro do Norte e Maceió.
Ainda na audiência, o deputado Danilo Cabral (PSB-PE) disse que o modelo de concessão deveria ter focado em aeroportos regionais dentro do Estado, como o de Petrolina e Caruaru. |