A Infraero começa a implementar ainda neste ano o autodespacho de bagagem em aeroportos de sua rede. O primeiro terminal a receber a novidade é o de Recife (PE), que deverá contar com pontos para que o próprio passageiro despache sua bagagem a partir do segundo semestre. Outros seis aeroportos receberão os sistemas em 2019: Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Curitiba (PR), Belém (PA), Goiânia (GO) e Maceió (AL).
O autodespacho de bagagem faz parte de um contrato de concessão comercial de 15 anos firmado entre a estatal e a empresa Sita, que oferece soluções de gerenciamento de aeroportos. Esse contrato inclui também a ferramenta de check-in compartilhado, que permite reunir as plataformas das empresas aéreas em um mesmo totem de autoatendimento.
De acordo com a Infraero, as duas iniciativas têm como objetivo aprimorar o atendimento aos passageiros e otimizar a infraestrutura aeroportuária. A estatal destaca que, ao implementar as novidades, terá acesso a informações mais detalhadas e precisas sobre o embarque dos passageiros.
Com a junção, será possível definir estratégias sobre o fluxo, tempo de processamento e permanência dos passageiros nos aeroportos, gerando ganhos operacionais e de receitas.
Transporte aéreo de carga tem crescimento em março
A demanda mundial por transporte aéreo de cargas, medido em toneladas-quilômetro (FTK, na sigla em inglês), aumentou 1,7% em março ante o mesmo mês de 2017, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês). O valor, no entanto, é mais de 5% inferior ao registrado em fevereiro de 2018 (6,8%), configurando o menor crescimento do setor em 22 meses.
Já a oferta global por transporte aéreo de cargas, apurada em toneladas-quilômetro disponíveis (AFTK, na sigla em inglês), subiu 4,4% em março na comparação anual, em comparação a crescimento de 6,3% em fevereiro. É a primeira vez em 20 meses, segundo a Iata, que a capacidade de transporte aéreo de cargas cresceu mais do que a demanda.
"É normal que o crescimento desacelere no fim do período de reestocagem (restocking cycle), mas continuamos otimistas de que a demanda por transporte aéreo de cargas crescerá entre 4% e 5% em 2018", destacou, em nota, a associação. Como possíveis entraves a essa expectativa de crescimento, a Iata lista o forte aumento nos preços de combustíveis e os baixos níveis de crescimento econômico. Além disso, considera os possíveis danos políticos no setor em caso de medidas protecionistas, citando especificamente Estados Unidos e China.
Na abertura por regiões, todas, com exceção da América Latina, registraram declínio na demanda global por transporte aéreo de carga durante o mês de março. Na América Latina, o indicador mostrou aumento de 15,5% - a única região global a melhorar sua demanda em comparação ao mês de fevereiro. Já a oferta de transporte aéreo de cargas na América Latina registrou retração de 2,1%. As duas comparações são na base anual.
De acordo com a Iata, o movimento de retomada verificado nos últimos 18 meses reflete em parte o melhor desempenho da economia brasileira, a maior da região. |