SÃO PAULO - As companhias aéreas têm US$ 4,9 bilhões de recursos bloqueados por governos de 16 países, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), entidade que reúne as 275 maiores empresas de aviação do mundo. Esse valor é 7% menor que um ano antes.
Os cinco principais países com fundos bloqueados são a Venezuela, onde as companhias aéreas não conseguiram repatriar US$ 3,8 bilhões, Angola, onde aproximadamente US$ 386 milhões permanecem bloqueados, Sudão, com US$ 170 milhões, além de Bangladesh (US$ 95 milhões retidos) e Zimbábue (US$ 76 milhões).
Segundo a Iata, esses países não cumprem acordos internacionais e obrigações de tratados que dão às empresas o direito de repatriar receitas geradas por vendas de passagens e de outras atividades nesses territórios.
"As companhias aéreas precisam ter confiança de que poderão repatriar suas receitas para levar os benefícios da aviação a todos os países", disse o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac, em evento anual da entidade, realizado neste ano em Sydney, na Austrália, encerrado nesta terça-feira.
Segundo ele, o setor conseguiu recuperar recursos em alguns países, caso de US$ 600 milhões que estavam retidos na Nigéria. Juniac admitiu que no caso da Venezuela uma resolução parece ser improvável no curto prazo, devido ao aprofundamento da crise econômica no país.
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