A Polícia Federal (PF) desarticulou na manhã desta quinta-feira (14) três quadrilhas suspeitas de usar os aeroportos de Foz do Iguaçu (PR) e Guarulhos (SP) para enviar remessas de entorpecentes em bagagens. Um dos pivôs do esquema era um funcionário terceirizado que trabalhava no aeroporto de Foz.
De acordo com a PF, o funcionário tinha contato com passageiros que seguiam os trâmites de embarque, passando por todos os mecanismos de controle. No entanto, na operação de rampa, onde é feita o despacho da bagagem, o funcionário colocava o entorpecente na mala dos passageiros, em comum acordo.
Como a droga era colocada nas malas após o despacho feito pelas companhias aéreas, havia diferença entre o peso da origem e do destino. Com isso, os integrantes do esquema, para se defender, usavam o argumento de que não haviam inserido o entorpecente na mala.
As investigações tiveram início em 2016 após a apreensão de 11 quilos de haxixe no Aeroporto Internacional de Guarulhos que saiu do Aeroporto Internacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, com uma mulher.
Um inquérito foi instaurado, e investigações posteriores revelaram a atuação dos três grupos criminosos que atuavam de forma conjunta e também, por vezes, de modo independente, para enviar drogas por remessas áreas, em voos comerciais, e usando o transporte terrestre. |